Tendência defende intervenções sutis, que preservam características originais, apenas suavizando os sinais do tempo
27/01/2025
Beleza sem exageros
Tendência defende intervenções sutis, que preservam características originais, apenas suavizando os sinais do tempo
A busca pela estética natural e harmônica vem ganhando força. O conceito de “Quiet Beauty surge como uma resposta ao exagero de transformações visíveis promovidas por tratamentos estéticos.
Longe de ser um movimento anti-procedimentos, o Quiet Beauty propõe um cuidado sutil e delicado, com foco na preservação das feições originais dos pacientes, garantindo que eles se sintam na sua melhor versão sem perder a essência.
Ao longo dos últimos anos, a estética passou por transformações que popularizaram procedimentos como o uso excessivo de preenchedores faciais, deixando rostos com expressões caricatas e, muitas vezes, artificialmente volumosos. Porém, com o Quiet Beauty, a abordagem muda. O objetivo não é alterar, mas sim suavizar, melhorar e preservar. O foco está em manter as características faciais autênticas, sem mudanças drásticas nas conformações ou no formato do rosto.
Segundo a dermatologista Anna Laura Peppe, da Clínica Audatti, esse movimento já era praticado, mas foi agora batizado de Quiet Beauty, refletindo um novo olhar sobre o que é beleza natural, discreta e real. O uso de tecnologias avançadas, explica a dermatologista, como bioestimuladores de colágeno, tratamentos para melhorar a qualidade da pele, e ferramentas de medicina regenerativa como PDRN (Polinucleotídeos de Ácido Desoxirribonucleico) e exossomos, são alguns dos recursos utilizados para manter e recuperar a vitalidade da pele de maneira natural. “Uma das grandes vantagens desse movimento é que ele vai contra a tendência de exagero que dominou as redes sociais por anos. Hoje, vemos um retorno à valorização da aparência mais autêntica, com procedimentos que fazem as pessoas se sentirem rejuvenescidas e mais confiantes, sem perder suas características originais”, explica.
Celebridades como Jennifer Aniston, Lindsay Lohan, Christina Aguilera e Brad Pitt têm se destacado nesse modelo. Após passarem por transformações faciais ao longo dos anos, essas estrelas têm mostrado um aspecto mais jovial, mas com um ar mais natural e autêntico, o que reforça a tendência de que envelhecer bem, sem perder a naturalidade, é, de fato, o que está em alta. “O Quiet Beauty surge como um adjuvante importante no processo de envelhecimento, ajudando a suavizar os sinais do tempo de maneira que os pacientes não se vejam alterados, mas sim renovados. A tendência de buscar tratamentos estéticos que não alterem, mas preservem a identidade de cada um, é cada vez mais forte. O Quiet Beauty é um reflexo da vontade das pessoas de envelhecer com leveza, naturalidade e autoestima elevada, valorizando o que é genuíno, sem renunciar aos benefícios das inovações da medicina estética”, analisa Anna Laura Peppe.
De acordo com a médica dermatologista Cintia Cunha, da clínica Audatti, uma das maiores confusões em torno desse movimento é a ideia de que o ácido hialurônico não deve mais ser usado. Pelo contrário, explica Cintia Cunha, o preenchimento com ácido hialurônico, quando realizado de forma refinada, é um dos grandes aliados do Quiet Beauty.
“Entendemos que o ácido hialurônico é parte de um diagnóstico adequado e de um planejamento de tratamento que busca restaurar todas as camadas afetadas pelo envelhecimento. Por isso, o preenchedor é utilizado de forma estratégica, associado a tecnologias e bioestimuladores, para que realmente o resultado seja uma beleza natural com tratamentos tão refinados que não se perceba a área tratada, mas sim a harmonia e a beleza de cada paciente. Nos últimos anos, tenho me dedicado a desenvolver uma metodologia de tratamento que priorize cada vez mais essa naturalidade, tanto no curto quanto no longo prazo, com resultados ainda mais duradouros e um foco constante na valorização da beleza”, afirma Cintia.